domingo, 25 de março de 2012

Vitamina D e o seu papel na apoptose e na hipertensão arterial

O estado nutricional de vitamina D e a manutenção da saúde é um dos assuntos mais estudados e discutidos na nutrição atualmente. A vitamina D é uma vitamina lipossolúvel, ou seja, é mais bem absorvida na presença de gordura. Ela é armazenada no fígado, podendo levar meses até seus estoques diminuírem no organismo. O papel clássico da vitamina D está relacionado à maior absorção de cálcio e fósforo, minerais importantes para a formação óssea, daí o raquitismo em crianças e a osteopenia e a osteoporose em adultos e idosos serem os principais sintomas de sua deficiência. Sugere-se que quando uma célula se torna maligna, a vitamina D, pode induzir a apoptose e prevenir a angiogênese, reduzindo a sobrevida das células malignas, daí seu papel na prevenção ao câncer. Porém, estudos epidemiológicos atuais têm demonstrado que sua deficiência não está relacionada apenas à saúde dos ossos, mas também as doenças cardiovasculares. Isso ocorre porque os receptores da vitamina D estão presentes em vários tipos de células do corpo e, diretamente ou indiretamente, regulam mais de 200 genes, sendo que sua deficiência ativa o sistema renina-angiotensina-aldosterona e pode predispor à hipertensão arterial e hipertrofia ventricular esquerda. Além disso, essa deficiência provoca um aumento do hormônio paratireóide (PTH), o que aumenta a resistência à insulina, que está associada com o diabetes, a hipertensão, a inflamação e ao aumento de risco cardiovascular (LEE et al., 2008). As principais fontes de vitamina D são: óleos de fígado de peixe (bacalhau, atum, cação), gema de ovo, manteiga, salmão, atum e, principalmente, a ação da luz solar sobre a pele.









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